Mais do que uma «fusão feliz», nesta dualidade de saber a ciência que se ensina versus saber ensinar, há que estar bem com as duas partes. Mas um e outro pólo, verdade seja dita, estão sempre por acabar. Bases sólidas de ciência são fundamentais, mas de que valerão conhecimentos profundos se não houver aptidões para criar o ambiente interessante para aprender?
Sempre achei que devia perguntar-me, com insistência, a propósito da minha actividade doente, «O que me faz correr?». A resposta não é óbvia nem está construída em definitivo. É um processo desde sempre renovado. Quanto a mim, para me desafiar nesta «corrida», fixo-me em duas metas: a contribuição para um mundo melhor, por via da educação, e o gosto pela ciência e pelo seu ensino. Em qualquer dos casos, a «lebre de corrida» é sempre o aluno.
João Paiva
O Fascínio de Ser Professor, Texto Editores
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