sexta-feira, 19 de junho de 2009

E ela a dar-lhe...

Reacção à posição da ministra da Educação

Fenprof: “Trata-se de um atestado de incompetência do ministério a si mesmo”
19.06.2009 - 22h25 Romana Borja-Santos

O secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof) entende que as declarações de hoje da tutela sobre a avaliação docente revelam “um atestado de incapacidade e de incompetência do ministério a si mesmo”.“Eu penso que a senhora ministra está a brincar com o fogo”, avisa Mário Nogueira, que acusa Maria de Lurdes Rodrigues de ter enganado os professores, os deputados e os portugueses em geral ao não ter apresentado uma versão radicalmente nova da avaliação docente. “Eles não são capazes de fazer outra avaliação”, lamenta o sindicalista. E assegura: “Se eles mantiverem esta avaliação vão ter outra vez milhares de pessoas a descer a avenida da Liberdade em Setembro”, mesmo em plena campanha eleitoral porque, insiste, o protesto “já dura há demasiado tempo”.Maria de Lurdes Rodrigues admitiu hoje manter a versão simplificada do modelo de avaliação de desempenho docente por mais um ciclo avaliativo. Num despacho divulgado hoje, esta é uma das duas opções para o próximo ano lectivo sobre as quais a ministra pede parecer ao Conselho Científico para a Avaliação dos Professores. A outra é voltar ao modelo original, regulamentado em 2008, “com as alterações eventualmente consideradas necessárias, designadamente a respeitante à duração dos ciclos de avaliação”. O regime simplificado entrou em vigor em Janeiro passado em resposta aos protestos das escolas e docentes. O tempo de vigência que lhe foi apontado foi de um ano. No ano lectivo passado o modelo de avaliação tinha também sido substituído por uma versão simplificada que foi só aplicada aos professores contratados. O despacho da ministra surge na sequência da entrega, pelo CCAP, do seu relatório sobre o acompanhamento e a monitorização da avaliação de desempenho docente.


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