Porque todos vemos o mesmo de forma diferente, partilhar enriquece cada um de nós!
terça-feira, 23 de março de 2010
domingo, 21 de março de 2010
sábado, 20 de março de 2010
Temos muito que reflectir!
"Só quem anda longe do meio escolar é que ficou surpreendido com o suicídio do pequeno Leandro ou com o voo picado para o Tejo do professor de Música. Nas escolas, antigamente, preveniam-se as causas. Hoje, lamentam-se, com lágrimas de crocodilo, os efeitos. O professor era louco, não era? Tinha uma clara fragilidade psicológica, não tinha? Pobre senhor. Se calhar teve o azar de ter que ganhar a vida a dar aulas e não conheceu a sorte daqueles que a ganham a ditar leis do alto da sua poltrona que, em nada, se adequam à realidade das escolas de hoje."
A propósito de um tema que veio para a berlinda nos últimos dias mas que mina silenciosamente a vida de milhares de profissionais ( e não só ) há muito tempo...
A propósito de um tema que veio para a berlinda nos últimos dias mas que mina silenciosamente a vida de milhares de profissionais ( e não só ) há muito tempo...
quarta-feira, 17 de março de 2010
sexta-feira, 12 de março de 2010
Violência sobre Professores
Crónicas de António Avelãs
Tenho em meu poder uma carta que me foi enviada pela irmã de um professor que se suicidou.
Fui contactado por colegas de um professor a quem um aluno atirou uma cadeira.
Recebo no SPGL vários professores que se queixam da violência e da extrema indisciplina dos alunos.
Perante esta espiral o Ministério da Educação avança com medidas de reforço do poder dos directores para suspenderem mais facilmente os agressores. Como medida imediata, até pode ser adequada. Mas a questão de fundo não é essa.
É preciso recordar que o actual “estatuto do aluno” é ele próprio uma agressão aos professores. Nenhum professor que se preze recusa apoiar um aluno que por motivos justificados falta às aulas por um período prolongado. Mas um professor fica ferido na sua dignidade e no seu amor-próprio quando se vê obrigado a “dar apoio” a alunos que não vão às aulas porque não querem, ou que vão apenas para provocar e perturbar a turma. Como recompensa, exigem depois que o professor lhes dê apoio próprio, faça não sei quantas provas de recuperação (a que eles faltam…), e muito provavelmente ainda terá o encarregado de educação a pressionar e a ameaçar o professor se o não “passar”, ameaça muitas vezes apoiada pelo director e pela associação de pais. Este estatuto do aluno foi ao tempo louvaminhado como um excelente produto de Maria de Lurdes Rodrigues. A mesma equipa que propôs que os pais avaliassem os professores. A mesma cambada que inventou que os professores faltavam desalmadamente e não se interessavam pelos seus alunos. Os mesmos incompetentes que transformaram a escola numa brincadeira em que é praticamente impossível dizer a um aluno que tem de estudar (e onde, no ensino secundário, alunos, pais e directores exigem notas de 17 e 18 como quem bebe um copo de água…). Os mesmos que afastaram os professores pedagogicamente mais preparados da direcção das escolas em nome de ”lideranças” meramente administrativas e burocráticas. Os mesmos que puseram os docentes em minoria nos Conselhos Gerais…
Foi a concepção de escola como espaço sério de trabalho que foi destruída. Foi a dignidade do professor que foi espezinhada: “Perdi os professores, mas ganhei a opinião pública” — vociferou Lurdes Rodrigues, com o aplauso de um conjunto de Sousas Tavares por tudo quanto era meio de comunicação social. O resultado aí está. Eles passaram (felizmente!) e como de costume viram a sua incompetência bem agraciada. Nós, os professores, ficamos, tentando colar os cacos de uma escola que começa a não ser viável.
Daqui
Tenho em meu poder uma carta que me foi enviada pela irmã de um professor que se suicidou.
Fui contactado por colegas de um professor a quem um aluno atirou uma cadeira.
Recebo no SPGL vários professores que se queixam da violência e da extrema indisciplina dos alunos.
Perante esta espiral o Ministério da Educação avança com medidas de reforço do poder dos directores para suspenderem mais facilmente os agressores. Como medida imediata, até pode ser adequada. Mas a questão de fundo não é essa.
É preciso recordar que o actual “estatuto do aluno” é ele próprio uma agressão aos professores. Nenhum professor que se preze recusa apoiar um aluno que por motivos justificados falta às aulas por um período prolongado. Mas um professor fica ferido na sua dignidade e no seu amor-próprio quando se vê obrigado a “dar apoio” a alunos que não vão às aulas porque não querem, ou que vão apenas para provocar e perturbar a turma. Como recompensa, exigem depois que o professor lhes dê apoio próprio, faça não sei quantas provas de recuperação (a que eles faltam…), e muito provavelmente ainda terá o encarregado de educação a pressionar e a ameaçar o professor se o não “passar”, ameaça muitas vezes apoiada pelo director e pela associação de pais. Este estatuto do aluno foi ao tempo louvaminhado como um excelente produto de Maria de Lurdes Rodrigues. A mesma equipa que propôs que os pais avaliassem os professores. A mesma cambada que inventou que os professores faltavam desalmadamente e não se interessavam pelos seus alunos. Os mesmos incompetentes que transformaram a escola numa brincadeira em que é praticamente impossível dizer a um aluno que tem de estudar (e onde, no ensino secundário, alunos, pais e directores exigem notas de 17 e 18 como quem bebe um copo de água…). Os mesmos que afastaram os professores pedagogicamente mais preparados da direcção das escolas em nome de ”lideranças” meramente administrativas e burocráticas. Os mesmos que puseram os docentes em minoria nos Conselhos Gerais…
Foi a concepção de escola como espaço sério de trabalho que foi destruída. Foi a dignidade do professor que foi espezinhada: “Perdi os professores, mas ganhei a opinião pública” — vociferou Lurdes Rodrigues, com o aplauso de um conjunto de Sousas Tavares por tudo quanto era meio de comunicação social. O resultado aí está. Eles passaram (felizmente!) e como de costume viram a sua incompetência bem agraciada. Nós, os professores, ficamos, tentando colar os cacos de uma escola que começa a não ser viável.
Daqui
sexta-feira, 5 de março de 2010
segunda-feira, 1 de março de 2010
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