terça-feira, 3 de agosto de 2010

Seiva da Vida


Chegas
Entras nos meus olhos com ternura
Vestes nosso abraço de infinito.

Sei-te
Solto-te
Solto-te no vento
E traço nele a tua amargura.

Noite da minha aldeia
Cheiro de eucalipto
Canção do luar
Calor da terra.

Tenho-te
Silencio-te no mar
E navego nele a tua doçura

Amo-te
Projecto-te nas estrelas
E desenho nelas tua figura

Noite do mundo
Resina da serra
Seiva da vida
Gritos de dor
Gritos de amor

Sol sereno
Do dia do mundo
Cresce o pinheiro
Torna-o fecundo

Que eu grito de amor
Que eu grito de dor

-um sonho de vida!


Manuel Chamadoiro

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