quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Portugal dos Pequeninos


Hoje o polén pariu a dor,
Perfumou os meus ais de amarelo
E fez-me florir no Mondego.
Desabrochei com saudades do futuro
E revisitei o claustro, o choupal...
À noite fui à lapa,
Apanhei um peixe que não respirava por guelras;
Levou-me ao jardim botânico
A ver o tempo em que o amor
Se alimentava do coração dos homens,
Arrancado pelas costas
E servido numa bandeja.


Francisco Lopes
29.03.84

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