sábado, 28 de fevereiro de 2009

O dia da Criação ( Vinicius de Morais)





Um dos poemas da minha vida.

Chris Rea - Loving You




O vídeo é terrívelmente lamechas, pelo que se recomenda apenas a audição...

Outra anedota !!!!


Ora adivinhem meus amigos quem voltou a surpreender, desta feita a propósito da história da condenação da ministra num caso occorrido em 2007 numa escola de Mirandela???

A Margarida, sempre ela!

Segundo o jornal que trouxe o caso a lume, a Margarida terá dito que NÃO CUMPRIU UMA SENTENÇA DO SUPREMO TRIBUNAL ADMINISTRATIVO PORQUE ENTRETANTO A LEI QUE DAVA RAZÃO AO PROFESSOR QUEIXOSO FOI ALTERADA E NO SEU ENTENDIMENTO ESTE NÃO REUNIA AS CONDIÇÕES À FACE DA LEI ACTUAL!!!!!!!!!!!!!!!

Aqui entre nós, eu só posso concluir que o jornalista tenha entendido mal as declarações!

Como é que alguém se pode convencer que pode substituir na aplicação da justiça um orgão de soberania??????

Como é que alguém com responsabilidades na hierarquia da Administração Pública, pode proferir declarações deste teor? Como ?????????

Isto não pode ser verdade, eu estou a viver hoje o meu Matrix...


Belisquem-me! Mas se quiserem conferir as declarações vão lá:http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=127419

Chorei a rir, tinha de partilhar esta anedota!


Gosto de anedotas.

Gosto delas simples, não prevísiveis e que não levem muito tempo a contar.

Sobretudo não gosto de ouvir contar anedotas, gente que pensa que tem graça mas que não tem graça nenhuma. E detesto, DETESTO, que me contem anedotas velhas de barbas como se fossem grande novidade e nem tenham o discernimento de tentar saber se a plateia já as conhece!

Como se pode ver, sou esquisita com anedotas, o que é por si só um bocadinho idiota.

Mas, o que importa é que hoje estava pouco bem disposta e esta anedota ( que me desculpe quem já a conhece ou quem não lhe ache graça) fez-me rir com muita vontade!

Um imenso obrigado aos amigos que vão enviando estas coisas por correio electrónico!

Ela aí vai:





"O bêbado e os evangélicos

Um bêbado estava a passar por um rio, quando viu um monte de evangélicos a orar e a cantar. Resolveu perguntar:

– O que se está a passar... Hic... Aqui!!!???

– Estamos a fazer um baptismo nas águas. Você também deseja encontrar o Senhor!!!???

– Hic... Eu quero, sim!!!...

Os evangélicos vestiram o bêbado com uma roupa branca e levaram-no para a fila. Na margem do rio estava um pastor que pregava aos fiéis, mergulhava-lhes a cabeça na água, depois tirava-a e perguntava:

– Irmão... Viste Jesus !!!???

– Óh, eu vi, sim!!!...

E todos os evangélicos diziam: – Aleluia!!! Aleluia!!!!

Quando chegou a vez do bêbado, o pastor meteu-lhe a cabeça na água, depois tirou-a e perguntou-lhe:

– Irmão... Viste Jesus !!!???

– Não!!!! – disse o bêbado.

O pastor colocou novamente a cabeça do bêbado na água e deixou-a lá um certo tempo, depois tirou-a e perguntou:

– E agora, irmão... Viste Jesus!!!???

O bêbado já bastante ofegante, lá disse : – Não!!!

O pastor, já nervoso, colocou de novo a cabeça do bêbado debaixo de água e deixou-a lá por um período mais longo. Depois puxou o bêbado e perguntou-lhe:

– E agora, irmão... já conseguiste ver Jesus!!!???

O bêbado, já mole e trôpego de tanta água engolir, disse:

– Hic..Hic.. Hic... Bolas!!! Já disse que não!!! Hic...E vocês – têm a certeza de que Ele caiu aqui?????. "

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Aposentação dos professores monodocentes

Há uma esperança para os professores monodocentes, que de há 2 anos a esta parte viram as suas expectativas de aposentação goradas.
Na verdade, com a entrada em vigor do ECD em Janeiro de 2007, a possibilidade de os professores monodocentes se aposentarem com idade e tempo de serviço inferior ao dos restantes colegas deixou de ser possível. Recordo que esta "antecipação" decorria do facto de no regime de monodocência não ser possível haver reduções de horário; simplificando, era uma forma de compensar o facto de na monodocência se trabalhar do início ao final da carreira com a mesma carga horária.
Agora, e com o projecto de diploma que já se encontra disponivel no site da AR, são feitas algumas correcções, nomeadamente em alguns casos limite em que as pessoas, pelo facto de terem começado a trabalhar com pouca idade, ficavam profundamente penalizadas.
Este projecto não contempla aquelas que são as reivindicações da FENPROF e continuo a acreditar que até ter forma de Lei possa ainda sofrer alterações positivas; ainda assim ele é uma esperança para muita gente e num tempo de profundo desespero a esperança é bem vinda!
É claro que, não ficando consagradas em Lei as reivindicações da FENPROF (32 anos serviço/52 anos de idade para todos os monodocentes, independentemente do ano de ingresso na profissão), estas correcções apenas vão contemplar os professores que estão já em final de carreira.



Consultar aqui:
Projecto de Lei 663/X

Institui um regime especial de aposentação para educadores de infância e professores do 1.º ciclo do ensino básico do ensino público em regime de monodocência que concluíram o curso de magistério Primário e educação de Infância de 1975 e 1976.

Queen - Love of my life - Ao vivo em Wembley, 1986





Uma pequena maravilha...

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009


FENPROF interpõe primeira providência cautelar referente à avaliação do desempenho


A FENPROF, através do Sindicato dos Professores da Grande Lisboa, entrega esta sexta-feira, dia 27 de Fevereiro, pelas 11.00 horas, no Tribunal Administrativo e Fiscal de Lisboa, a primeira Providência Cautelar referente à avaliação de desempenho.
Com esta iniciativa junto dos Tribunais pretende-se parar com as orientações normativas que, sem fundamento legal, a Direcção-Geral de Recursos Humanos da Educação (DGRHE/ME) tem vindo a dar aos órgãos de gestão das escolas e agrupamentos. Depois de diversos mails que fez chegar aos conselhos executivos, a DGRHE/ME, com o seu texto de 9 de Fevereiro (que, abusivamente, também enviou para os endereços electrónicos da generalidade dos professores e educadores), depois de reconhecer que a apresentação de uma proposta de objectivos individuais (OI) pelos docentes é uma "possibilidade" que lhes é oferecida, vem, a seguir, afirmar que, "no limite", a não entrega inviabiliza a sua avaliação. Já antes, no mesmo texto, informa os presidentes dos conselhos executivos de que, em caso de não apresentação de OI, deverão notificar os docentes do incumprimento, bem como das suas consequências.
O que a DGRHE/ME nunca refere, nesta sua nota intimidatória, é qual o designado "limite", qual o fundamento legal para a eventual inviabilização da avaliação e quais as consequências e em que quadro legal se encontram previstas.
Ou seja, a DGRHE/ME empurra as escolas e os presidentes dos conselhos executivos para a prática de actos ilegais, enviando-lhes orientações que não clarifica nem fundamenta legalmente. É esta a razão por que os diversos Sindicatos da FENPROF avançarão com estas Providências Cautelares (sexta-feira em Lisboa, posteriormente, nas diversas regiões do país) e com os processos administrativos subsequentes.

E por onde diabo andará o meu anónimo?

Se calhar foi ao Rio gozar a interrupção lectiva!

É que assim, sem a sua cúmplice companhia, já nem tenho inspiração para zurzir na seita do cotão!

O meu reino pelo regresso do anónimo!

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Santana e Mana - Corazon Espinado




E o amor tem que doer porquê?

PSP apreende livros, estamos no sec XXI, em plena (?) Europa e o 25 de Abril foi há 35 anos!


Queixas de pais originaram acção dos agentes
PSP de Braga justifica apreensão de livros com “perigo de alteração da ordem pública”
24.02.2009 - 16h11 Samuel Silva
O Comando da PSP de Braga justifica a apreensão dos livros com uma pintura do francês Gustave Courbet (1819-1877) com o “perigo de alteração da ordem pública” que a exposição pública da obra estava a provocar.A polícia adianta que a confiscação dos livros não ficou a dever-se à violação de “qualquer norma do código penal”, mas às queixas dos pais de várias crianças que visitaram a feira do livro em saldo, no centro da cidade.“Tratou-se de uma medida cautelar para evitar uma alteração da ordem pública e o cometimento de outros crimes”, afirmou ao PÚBLICO o segundo-comandante da PSP Henriques Almeida, que diz ter havido “iminência de confrontos físicos” no recinto da feira.“Havia vários grupos de crianças a visitar a feira que, depois de se aperceberem da obra, arrastaram vários colegas para a verem. Os pais não gostaram da situação, começaram a ficar inquietados e pediram aos organizadores que retirassem os livros”, explica o responsável da polícia. Quanto à explicação avançada no auto de apreensão dos livros de que estes “apresentavam cenas com conteúdo pornográfico, estando os mesmos expostos ao público”, Henriques Almeida admite ter-se tratado de uma “confusão” dos agentes da PSP com o título da obra em causa (“Pornocracia” de Catherine Breillat).


Ora bem, vamos lá parar um pouco, sentar e pensar:
Isto terá sido verdade ou é brincadeira de Carnaval? Tendo sido verdade, Braga fica perto de Paredes de Coura? A Margarida terá família na PSP de Braga? A PSP de Braga, ou o agente que fez a apreensão (??!!) terá sido aluno da Margarida? As crianças em quem a ilustração da capa do livro sortiu tão grande choque, serão sobrinhos da Margarida?
É que não me lixem, isto tem que ter dedo da Margarida!!!!

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Para ti


Foi para ti

que desfolhei a chuva

para ti soltei o perfume da terra

toquei no nada

e para ti foi tudo



Para ti criei todas as palavras

e todas me faltaram

no minuto em que talhei

o sabor do sempre



Para ti dei voz

às minhas mãos

abri os gomos do tempo

assaltei o mundo

e pensei que tudo estava em nós

nesse doce engano

de tudo sermos donos

sem nada termos

simplesmente porque era de noite

e não dormíamos

eu descia em teu peito

para me procurar

e antes que a escuridão

nos cingisse a cintura

ficávamos nos olhos

vivendo de um só

amando de uma só vida





Mia Couto, in "Raiz de Orvalho e Outros Poemas"

Achei piada à pergunta, mas não creio que Deus tenha culpa no capítulo "amantes"...

Pergunta


Do Altíssimo não virá explicação, e dos funcionários da sua multinacional terrestre ninguém espere resposta, mas a pergunta é pertinente:
Se Deus quer que o casamento se faça por amor, que razão o terá levado a criar as amantes?



Publicada por JRC
Aqui: http://tempocontado.blogspot.com/

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Baralhada de festas


Nesta época festiva,

Deseja-se a todos os Povos...

Um Carnaval Cheio de Páscoas...

E um Natal cheio de Anos Novos....



Que as Renas do Pai Natal,

Surjam nos Céus a Voar,

Tilintando alegremente...

Com o Rudolph a piscar!



Que o Pai Natal e os Duendes,

Façam raves a bombar...

E não se baralhem nas botas...

Na altura de ofertar!...



Que o presépio de Natal,

Tenha estrelas sorridentes,

Ovelhinhas e Pastores...

E Reis Magos bué Contentes!



Que tudo surja em sorrisos,

Com muita Paz e Carinho...

E que o coelho da Páscoa,

Se esmere no sapatinho!



Que se tenha nesta quadra,

Muito Amor e Alegria...

Rabanadas e filhóses

Arroz doce e Aletria!


(autor desconhecido)

Com votos de um Carnaval "animado"

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Notícia daqui :http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1366154&idCanal=58

Paredes de Coura

DREN desmente "obrigação" dos professores em participarem no desfile de Carnaval
21.02.2009 - 11h52 Lusa

A directora regional de Educação do Norte, Margarida Moreira, garantiu ontem à Lusa que nenhum professor de Paredes de Coura foi obrigado a participar no desfile de Carnaval. Sublinhou, no entanto, "que o cortejo teria forçosamente que sair à rua".

"A DREN [Direcção Regional de Educação do Norte] nunca mandou alterar uma decisão do Conselho Pedagógico do agrupamento. Apenas determinou que o cortejo teria que ser feito, fosse com os professores, fosse com os pais, fosse com a comunidade, fosse com a própria DREN", frisou Margarida Moreira.


Parece que a criatura ainda terá brincado dizendo que o facto de os Professores terem desfilado sob protesto "são coisas de Carnaval"!
Em Carnaval vive um país que tem esta Margarida ( e outras) em cargos de responsabilidade. Esta criatura só a vejo a desempenhar com qualidade a tarefa de apresentadora no circo Cardinali!
Bem dizia António Aleixo:

"Olhas para mim e sorris,
desdenhas dos meus tormentos
Os gestos dos imbecis,
mostram os seus sentimentos"

Ainda há uma questão subjacente a todas estas polémicas que me deixa profundamente apreensiva: Esta gente move-se com total sentido de impunidade! Típica das mais ferozes ditaduras, essa impunidade poderá ainda ser travada? Haverá alguém que ponha as Margaridas e os Loureiros e as investigações dos Freeports na linha?
É que não havendo, começamos a ter legitimidade para aplicar a justiça com as nossas mãozinhas e qualquer dia isto parece o Farwest

Arte!

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Tenho um filho que vai fazer 5 anos daqui a cerca de três meses.
Da gravidez, das fraldas, dos biberões, das noites mais ou menos acordada, dos dentes, das otites,já a memória se esvai e parece que foram há uma eternidade.
O pequeno corpinho que eu segurava ao colo apenas com um braço em concha, desapareceu ; no seu lugar há agora um rapazinho que racíocina de forma coerente e elaborada, que argumenta e contesta quando não lhe agrada a conversa, que consegue perceber ao olhar para a correspondência que me ajuda a tirar do correio, quais as cartas que me são dirigidas.
A última vez que eu progredi na carreira ainda nem sequer estava grávida do meu filho.
Em Novembro último passaram 20 anos sobre o meu primeiro dia como professora:
Com a legislação que neste momento vigora, tenho pela frente aproximadamente mais 25 anos de serviço.
O meu filho será um homem de 30 anos quando, e se, eu me conseguir chegar a aposentar.
A pergunta é: quantas vezes consegurei progredir na carreira daqui até lá?
É possível viver assim?

Hoje também fui professora de Paredes de Coura!

Professores de Paredes de Coura desfilaram sob protesto
20.02.2009 - 18h30 Andrea Cruz
Os professores do Agrupamento de Escolas de Paredes de Coura desfilaram hoje, ao lado dos alunos que festejavam o Carnaval. Mas vestidos de negro, amordaçados e com as mãos presas por correntes, como forma de protesto contra a Direcção Regional de Educação do Norte (DREN) que, contrariando uma decisão do Conselho Pedagógico, lhes ordenou que acompanhassem as cerca de 400 crianças do pré-escolar e do 1º ciclo do Ensino Básico, pelas ruas da sede do concelho.“Só antes do 25 de Abril é que as pessoas eram obrigadas, é uma vergonha!”, indignou-se uma docente que disse não se identificar por medo de represálias e que ostentava correntes em volta dos punhos e um saco preto na cabeça. Outro professor, Armando Lopes, sublinhou que a decisão da DREN “é ilegal”, por contrariar uma decisão tomada pelo conselho pedagógico, “um órgão com autonomia”.Com os professores esteve o coordenador do Sindicato dos Professores do Norte (SPN), Abel Macedo, que prestou declarações aos jornalistas para defender que a imposição da DREN, “um sinal de que hoje não há liberdade no desempenho profissional”, “deve fazer pensar os portugueses”. “Como é que alguém se arroga o direito de silenciar e amordaçar uma classe?”, questionou, acrescentando que a ordem para que se realizasse o cortejo se “tratou de um abuso claro e de excesso de autoridade por parte da directora regional”.Ontem, a presidente do Conselho Executivo do agrupamento, Cecília Terleira, explicou que os professores decidiram suspender algumas das 164 iniciativas previstas no plano de actividades devido à falta de tempo motivada pelos processos de avaliação do desempenho e de eleição do Conselho Geral Transitório e do director. Mas assegurou que só haviam sido canceladas aquelas que não foram consideradas indispensáveis ao processo de aprendizagem das crianças.Estava previsto que os alunos festejassem o Carnaval no espaço escolar, mas a decisão desagradou à Associação de Pais e à Câmara Municipal, que reclamaram a realização do habitual cortejo. Foi assim que, depois de um braço de ferro que se prolongou pelos últimos dias, a DREN reiterou a ordem dada a Cecília Terleira para que convocasse os professores para a realização do cortejo.Os pais, que hoje acompanharam de perto a participação dos filhos no corso carnavalesco, já pediram uma reunião com o Conselho Executivo do Agrupamento de Escolas, prevista para a próxima semana, para tentar garantir a realização de outras actividades canceladas, como as visitas de estudo de alunos até ao 8º ano e as idas à praia com as crianças da pré-primária.


Daqui : http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1366079&idCanal=74

Pergunto-me o que se passará com o meu anónimo preferido...

Vejo-o por aí mas deixei de o ver aqui! Terei "dito" alguma coisa que tenha provocado o seu afastamento?

A Margarida não é...


A Margarida vive no século XXI. Se tivesse vivido na Idade Média, teria mandado com prazer algumas almas para a fogueira; se em vez disso a Margarida fosse contemporânea do Estado Novo, teria certamente vestido a pele de um daqueles vizinhos de baixo que bufava à PIDE movimentos suspeitos no andar de cima, ainda que esses movimentos não passassem de uma singela caganeira nocturna.

Mas não, a Margarida vive no século XXI, como já se disse, e pensa que tem poder. A Margarida não serve o Ministério que com tanto zelo e empenho julga servir; ao Ministério serve, enquanto lhe for útil, a capacidade persecutória da Margarida e o seu engenho para abusar da autoridade; no dia que um tribunal diga à Margarida que o abuso de poder é um ilícito, o Ministério que a Margarida serve e que se serve da Margarida, vai fingir que nem a conhece e que ela agiu por conta própria, que foi ingerente sim senhor, que abusou sim senhor, mas que o assunto não tem a ver com ele, o Ministério...

Quando digo que a Margarida não é, quero dizer que de facto a Margarida nem o chão que pisa vale. Não presta. É feia e má, não sei se é porca mas a sua mente sê-lo-á com toda a certeza.

A única coisa que a Margarida ainda consegue ser é alimento para o anedotário nacional. Nacional é também marca de massas, umas mais quebradiças que outras.

Pode ser que uma circunstância qualquer venha a esticar e quebrar a Margarida, como ela merece e precisa!

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Que país é este?


Já sabiamos que há crianças cuja única refeição é a que a escola lhes fornece.
Já conheciamos o horror de gente que trabalhou uma vida inteira para não ter o que comer no fim da vida; ouvimos falar de quem não compra medicamentos por falta de dinheiro. É imoral ignorar estas e outras misérias, contudo, há quem teime em ignorá-las. Hoje surpreendeu-me e chocou-me, de uma forma que até me faz sentir culpada, o facto de se ficar a saber que há alunos da Universidade da Beira Interior que passam fome para poder fazer o seu curso.

Fica-me uma sensação estranha por a notícia me ter incomodado tanto. É que estamos habituados a compadecer-nos com crianças e velhos; com quem já não pode e com quem ainda não pode; com quem está desprotegido e com quem ainda precisa de protecção. É mais díficil encarar esta miséria que atinge seres humanos adultos, informados, activos! Incomoda mais e não sei dizer a razão. Ou sei, já nem sei...

NOTA À COMUNICAÇÃO SOCIAL

M.E. NÃO ABDICA DA DIVISÃO DA CARREIRA DOCENTE
FENPROF, ASSUMINDO A POSIÇÃO DOS PROFESSORES,
EXIGE A ELIMINAÇÃO DAS CATEGORIAS


A FENPROF não chegou a qualquer acordo com o Ministério da Educação na segunda reunião realizada para alterar a actual estrutura da carreira docente.
A FENPROF reafirmou as vantagens da proposta que apresentou na reunião anterior – desenvolvimento de carreira exigente do início ao topo; modelo de avaliação rigoroso, formativo e centrado no trabalho desenvolvido na escola; diferenciação possível em qualquer momento da carreira, mas não sujeita a constrangimentos de natureza administrativa; qualificação de todo o corpo docente para a assunção de cargos e funções nas escolas, pelo facto de, o seu desempenho, ser parte relevante do conteúdo funcional da profissão; justa organização da carreira, tanto no que respeita aos anos de permanência em cada escalão, como aos impulsos indiciários propostos – mas, perante a intransigência do ME em reconhecer as vantagens desta proposta, a FENPROF informou estar em condições de apresentar uma nova proposta de estrutura desde que, previamente, por escrito, fossem assumidas as seguintes garantias:
1. Eliminação da divisão da carreira docente em categorias;
2. Progressão na carreira nunca dependente de vagas previamente definidas;
3. Progressão na carreira nunca dependente de menções qualitativas que se sujeitem a quotas.
Se fosse ultrapassada, em consenso, esta primeira fase, a FENPROF estaria em condições de apresentar uma nova proposta assente naqueles pressupostos.
O Ministério da Educação colocou as questões de forma semelhante, fazendo depender a apresentação de uma nova proposta de um “conjunto de condições prévias”, a primeira das quais a manutenção da divisão da carreira em categorias, de forma a que os professores titulares e apenas eles, para além da actividade lectiva, assumissem todas as funções de coordenação, avaliação e supervisão. Ou seja, o ME não abdica da actual organização fracturada da carreira, reafirmando que apenas um grupo de docentes acederá a esta categoria, logo, aos seus escalões de topo. Sendo certo que o ME admitiu abdicar da fixação prévia de vagas, não ficou claro que a alternativa não seja tão ou mais restritiva do que esta dotação, na medida em que o ME não a concretizou e, pelo contrário, reafirmou que a categoria de “professores-titulares” seria constituída, apenas, pelo grupo de docentes necessário às escolas para o desempenho das já referidas funções.
Face à falta de consenso, desde logo pela profunda divergência em torno da divisão da carreira em categorias, mas, igualmente, por não estar em discussão o futuro modelo de avaliação de desempenho, o que prejudicou o debate, a reunião entrou num impasse do qual não foi possível sair, acabando por se agendar nova reunião para dia 3 de Março, a partir das 17.30 horas. Nessa reunião, estarão em discussão, simultaneamente, a estrutura da carreira e a avaliação de desempenho, aspectos que, necessariamente, se articulam.


O Secretariado Nacional

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Povo


Povo que lavas no rio,
Que vais às feiras e à tenda,
Que talhas com teu machado
As tábuas do meu caixão,
Pode haver quem te defenda,
Quem turve o teu ar sadio,
Quem compre o teu chão sagrado,
Mas a tua vida, não!
Meu cravo branco na orelha!
Minha camélia vermelha!
Meu verde manjericão!
Ó natureza vadia!
Vejo uma fotografia...
Mas a tua vida, não!
Fui ter à mesa redonda,
Bebendo em malga que esconda
O beijo, de mão em mão...
Água pura, fruto agreste,
Fora o vinho que me deste,
Mas a tua vida, não!
Procissões de praia e monte,
Areais, píncaros, passos
Atrás dos quais os meus vão!
Que é dos cântaros da fonte?
Guardo o jeito desses braços...
Mas a tua vida, não!
Aromas de urze e de lama!
Dormi com eles na cama...
Tive a mesma condição.
Bruxas e lobas, estrelas!
Tive o dom de conhecê-las...
Mas a tua vida, não!
Subi às frias montanhas,
Pelas veredas estranhas
Onde os meus olhos estão.
Rasguei certo corpo ao meio...
Vi certa curva em teu seio...
Mas a tua vida, não!
Só tu! Só tu és verdade!
Quando o remorso me invade
E me leva à confissão...
Povo! Povo! eu te pertenço.
Deste-me alturas de incenso,
Mas a tua vida, não!
Povo que lavas no rio,
Que vais às feiras e à tenda,
Que talhas com teu machado,
As tábuas do meu caixão,
Pode haver quem te defenda,
Quem turve o teu ar sadio,
Quem compre o teu chão sagrado,
Mas a tua vida, não!
Pedro Homem de Mello, in "Miserere"



O silêncio

Quando a ternura
parece já do seu ofício fatigada,

e o sono, a mais incerta barca,
inda demora,

quando azuis irrompem
os teus olhos

e procuram
nos meus navegação segura,

é que eu te falo das palavras
desamparadas e desertas,

pelo silêncio fascinadas.


Eugénio de Andrade, in "Obscuro Domínio"

Cartoon de Luís Afonso

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Carta aberta

Há pessoas assim, com quem temos afinidades que nem percebemos de onde vêm.
Pessoas que frequentemente têm na ponta da língua o final das nossas frases; que parecem adivinhar os nossos pensamentos e que são implacáveis a esfolar depois de nós termos "matado".
Pessoas que connosco chegam a partilhar idéias, sem delas nunca se ter falado.
Isto é estranho. É! E é tanto mais estranho quando nenhuma ligação física existe.
Agora imaginem o quanto é estranho quando duas pessoas nessas circunstâncias nem sequer se conhecem!!!

Homenagem ao amor e para cantar a dois

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Daqui :http://www.fenprof.pt/


Grande "Cordão Humano" em 7 de Março

Em conferência de imprensa realizada nesta sexta-feira, 13 de Fevereiro, em Lisboa, FENPROF reafirma acção jurídica e luta reivindicativa "com vista a combater o modelo de avaliação imposto pelo ME e a levar à sua suspensão"


A entrega de um Pré-Aviso de Greve à observação de aulas, para um período compreendido entre 26 de Fevereiro e 27 de Março; a realização de um Grande Cordão Humano no dia 7 de Março que una os grandes responsáveis pelo conflito que se instalou na Educação: Ministério da Educação, Assembleia da República e Primeiro-Ministro;e uma grande participação dos Professores na Manifestação Nacional do próximo dia 13 de Março, promovida pela CGTP-IN contra as políticas do actual governo e que estão na origem de tudo quanto se tem abatido sobre a Educação, a Escola Pública e os seus trabalhadores, designadamente os docentes, são acções decididas pela FENPROF, no quadro da luta e do protesto dos educadores e professores. Até à realização dessas iniciativas, "continuam os plenários e reuniões nas escolas", como sublinhou Mário Nogueira no encontro com os representantes da comunicação social, nesta sexta-feira, na sede da FENPROF, em Lisboa .

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Ora bolas!


Acho que andava a ficar mal habituada; posts com mais de vinte comentários são coisa que mexe com a gente!!!

Hoje vou para a cama num desconsolo só!

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Trovante, tantas saudades!

Portugal dos Pequeninos


Hoje o polén pariu a dor,
Perfumou os meus ais de amarelo
E fez-me florir no Mondego.
Desabrochei com saudades do futuro
E revisitei o claustro, o choupal...
À noite fui à lapa,
Apanhei um peixe que não respirava por guelras;
Levou-me ao jardim botânico
A ver o tempo em que o amor
Se alimentava do coração dos homens,
Arrancado pelas costas
E servido numa bandeja.


Francisco Lopes
29.03.84

http://www.fenprof.pt/


FENPROF promove conferência de imprensa esta sexta-feira, dia 13, em Lisboa


Tal como anunciara na passada semana, a FENPROF confirma a realização de uma conferência de Imprensa, esta sexta-feira, dia 13 de Fevereiro, pelas 15 horas, na sua sede, em Lisboa.

Nesta Conferência de Imprensa, serão abordadas as seguintes questões:

1.Iniciativas a desenvolver no sentido de prosseguir a acção visando a suspensão do modelo de avaliação.

2.Posição face à revisão da estrutura da carreira docente.

3.Lutas a desenvolver pelos professores, ainda no 2º período lectivo.

Dada a importância dos temas, contamos com a presença dos/das senhores(as) jornalistas.
O Secretariado Nacional da FENPROF

12/02/2009

Última Hora


ME insiste na consolidação da divisão em categorias hierarquizadas e na imposição do seu desqualificado modelo de avaliação
Ao contrário do que defende o Ministério da Educação, a FENPROF defende que, às escolas e à qualidade do ensino, interessa garantir que todos os professores sejam altamente qualificados, competentes e estejam aptos a desempenhar todos os cargos e funções, para além, claro está, de deverem desempenhar bem o que de mais importante integra o seu conteúdo funcional: ensinar.
O Ministério da Educação, na reunião que manteve com a FENPROF, nestaquarta-feira, dia 11 de Fevereiro, insistiu na necessidade de manter as categorias hierarquizadas (considerando que a estruturação vertical da carreira- leiam-se categorias- é fundamental). Face a algumas dúvidas suscitadas, a FENPROF insistiu e apurou que o ME jamais abdicaria do princípio de que apenas a um "grupo" ou "conjunto de professores" se reconheceria aptidão para desempenhar os cargos e funções nas escolas e, por essa razão, atingir os escalões mais elevados da carreira docente.
Obviamente que, neste quadro, o ME até admite negociar as regras para acesso à categoria de titular, pois sabe que elas apenas garantem a possibilidade de concorrer a uma das vagas autorizadas pelo Ministério das Finanças à Educação. E que estas, nos termos impostos em lei, deixarão sempre de fora, no mínimo, 2/3 dos professores e educadores portugueses, independentemente do seu mérito profissional, da qualidade do seu desempenho ou da satisfação das regras que se definirem para acesso a esses escalões de topo.




"O que me dói em ti

Poesia

É saber que as palavras te enfeitam como rosa

Querer-te lírica e ver-te transfiguração de prosa.

O que me dói em ti

Poesia

É saber que as palavras são perfume e cor.

O que me dói em ti é querer-te vida vida e ver-te versos

Saber-te poemas e querer-te alegria e dor.

Poetas são os que escrevem

Não os que amam

Esses esvaziam-se apenas a ouvir o coração pulsar

Enquanto outros fingem ideais que proclamam.

... isto já nem é poesia

É a caneta a respirar"









O Francisco Lopes é o autor deste poema que está publicado no livro "O mistério da carne nua", uma edição de autor, humilde, preciosa e que nem sequer tem ficha técnica.
O Francisco foi meu professor de história no 9º ano, há muito tempo atrás; depois ficou meu amigo e infelizmente já não o vejo há uns anos. Mas sei onde está e o que faz, sei por exemplo que teve o bom senso de deixar de ser professor e que continua a "mexer" em livros, o que imagino que lhe dê muito gozo.
O Francisco é uma memória querida e indelével!


Que amor não me engana . José Afonso

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Dedicado aos "meus" anónimos




Há mais versões, é só procurar no sítio do costume. Eu gosto particularmente desta!

http://ladraralua.blogspot.com/

Siso
Dizem que o dr. Santana Lopes, conhecido figurão das elites indígenas, tem passado o seu tempo defeso a martelar num piano e a exercitar o seu golfe.É de aplaudir um tal siso. Pois doravante, se quiser armar ao fino, ou ao esteta, por certo deixará de lançar mão dos concertos de Chopin, para violino. E acabará por notar que nem sempre um prado verde é uma pastagem.


Publicada por Jorge Carvalheira

Memórias II

Sou professora do 1º ciclo, já o sabem todos os meus três dedicados visitantes.
Sou professora do 1º Ciclo, gosto de o ser, hei-de ser sempre professora, mesmo que algum dia deixe de dar aulas.
Além disso tirei outro curso, nos tempos em que havia tempo e disponibilidade para tirar cursos.
Posto o preâmbulo que apenas serve para situar no espaço quem vai ler o resto, vamos à história e , se houver tempo, à moral da história:

Há uns anos (meia dúzia, poucos portanto) tive um colega na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa que por lá se arrastava já há alguns cursos. Era o P. Carismático, tonitroante, não havia hipótese, quer se fosse aluno da noite ou do dia, de passar por aquela faculdade sem travar conhecimento com ele. Uma espécie de ex libris lá da casa.
Ora o P. não estava muito preocupado em terminar o curso; percebia-se que aquela era uma vida de que gostava, percebia-se que o dia da sua "formatura" seria o fim de um ciclo e a nostalgia até se antecipava.
O problema era que, interessado ou não em terminar o curso, o P. gostava de ter o controlo da situação nas mãos e já o chateava até à medula que uma cadeira não fosse feita, ao fim de uma boa dezena de tentativas, porque o regente decidia sempre que ele tinha que voltar na época seguinte.
Farto de ser chumbado pelo senhor Professor, eminente jurista da nossa praça que ainda mexe e muito recentemente veio meter o bedelho nos assuntos dos professores, o P. resolveu lançar mãos de medidas preventivas, antes da época de exames.
Um dia, ao fim da noite, ao chegar ao seu carro, uma bomba verde reluzente nova quase em folha, o senhor Professor vê o P. sentado no capot, perna traçada e pézinho bamboleando, enquanto com a mão afagava a chapa:
- Belo carrinho, Professor, belo carrinho!
No carro não ficou nenhum sinal da passagem do P. mas o P. passou a cadeira no final do semestre. Acho que até dispensou a oral!
E a pergunta que deixo:
Alguém disposto a sentar-se comigo no carrinho da ministra?

Indios da Meia-Praia - José Afonso





Uma homenagem a quem trabalha, a quem resiste, a quem tem coragem...

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Tontura...

Higienes


Há uns anos tive uma experiência enquanto aluna (ou formanda, ou sei lá, foram tantos os bancos de sala de aula onde me sentei em diferentes qualidades...) que me lembra a cada passo:

A criatura que estava em pé a transmitir o seu saber, berrava impropérios contra o progresso e tinha eleito como alvo da sua ira o papel higiénico e a higiene pessoal em geral!!

Segundo ela, o mal dos tempos modernos era a preocupação com a higiene; que o papel higiénico não era uma coisa natural ou que fizesse falta, que destruía as florestas e os rios para ser fabricado e que os poluía depois de usado. Que o sabonete dava cabo da pele e ninguém precisava de banhos diários, eventualmente nem semanais... ( acho que não era o caso dela que até precisava! Mas lá que tinha uma pele bem tratada, quase intocada, lá isso...)

Ela gritava irada e eu encolhia-me na cadeira com a certeza que era comigo que falava; eu a consumidora inveterada de rolos de papel higiénico, a perdulária dos dois banhos diários, a louca furiosa que só usa uma camisa e depois a deita para lavar...

Desde então passei a ver-me como um bicho estranho com uma pegada ecológica brutal. Guardo algum peso de consciência e foi ele que me levou a tentar a redenção compensando a coisa da melhor maneira possível:

Tomo dois banhos por dia, reciclo todos os frascos de champô e gel de banho; gasto um rolo de papel por dia mas já arranjei um baldinho onde coloco o tubinho de cartão espalmado...

Todos os sacrifícios são válidos para garantir o meu banho e o rabo limpinho!

É que além de mais há sítios insuspeitos no que ao acumular de lixo diz respeito!

Dou como exemplo uma parte do corpo tão celebrada e interessante como por exemplo o umbigo:

Já viram o cotão que alguns conseguem acumular? E o mau cheiro?

Safa!

Banho!

Banho!

Dualismo - Olavo Bilac


Não és bom, nem és mau: és triste e humano...

Vives ansiando, em maldições e preces,

Como se, a arder, no coração tivesses

O tumulto e o clamor de um largo oceano.

Pobre, no bem como no mal, padeces;

E, rolando num vórtice vesano,

Oscilas entre a crença e o desengano,

Entre esperanças e desinteresses.

Capaz de horrores e de ações sublimes,

Não ficas das virtudes satisfeito,

Nem te arrependes, infeliz, dos crimes:

E, no perpétuo ideal que te devora,

Residem juntamente no teu peito

Um demônio que ruge e um deus que chora.

Ala dos Namorados - Caçador de Sóis






Para ti.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Isto

Dizem que finjo ou minto
Tudo que escrevo. Não.
Eu simplesmente sinto
Com a imaginação.
Não uso o coração.

Tudo o que sonho ou passo,
O que me falha ou finda,
É como que um terraço
Sobre outra coisa ainda.
Essa coisa é que é linda.

Por isso escrevo em meio
Do que não está de pé,
Livre do meu enleio,
Sério do que não é.
Sentir? Sinta quem lê!


Fernando Pessoa

A musica

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Ninguém sabe

Ninguém sabe onde nasce a música
se na água dos meus dedos
se na pauta do teu peito
se no vento dos teus olhos
ou na concha da minha mão.

Ninguém sabe onde nasce a música.

Talvez no ofuscante areal
onde o teu corpo se confunde
com o meu corpo
como o arco se afoga desmedido
na horizontal tensão das cordas do violino.


Paulo Sucena, in Amor em Adjectivo, Editorial Caminho




Tenho uma espécie de "queda" para Secretários Gerais...

Um pouco de ciencia

Amor com amor se paga
Um estudo recente realizado na Universidade de Aberdeen, na Escócia, diz que as pessoas gostam mais de quem demonstra gostar delas.
Mais do que a beleza ou a aparência física, parece importar, segundo os resultados publicados na revista cíentifica Psychological Science, o sorriso, o olhar e a simpatia.
Quando sorrimos e olhamos as pessoas directamente nos olhos, somos simpáticos e demonstramos interesse naquilo que os outros têm a dizer, também nos tornamos mais simpáticas aos olhos delas.



Este pequeno apontamento que tirei da "notícias magazine " de hoje, deixou-me a pensar.
Afinal é tão fácil! Nós é que temos o bom hábito de complicar, certo?
Vá lá malta, toca a olhar nos olhos do Ser amado e a sorrir, SORRIR MUITO, ao mesmo tempo que fazem o ar mais interessado deste mundo; como se daquela conversa dependesse a vossa vida e a salvação do mundo!!
Quem é amiga e dá bons conselhos, quem é?

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Cabeças no Ar - A Fisga




Os "Rio Grande" gravaram a fisga. Os "Cabeças no Ar" recuperaram-na.
Gosto do tema, emboa o video não esteja nas melhores condições, é possível partilha-lo

Team Hoyt






Esta equipa é constituída por pai e filho.
O Ironman exige nadar 4 km, andar de bicicleta 180 km e correr 42.
Não há limites para aquilo que a vontade de um homem pode, não há limites para o amor.
O medo, o medo é perguntar-me: Seria capaz?

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Apelo

Com o desaparecimento do "hoje" da paisagem perderam-se algumas coisas; uma dessas coisas foi um texto com memórias das escolas por onde passei nos últimos vinte anos.
Tenho pena de ter ficado sem esse texto e uma esperança ténue de que uma alma pouco exigente tenha gostado tanto dele que tenha feito um copy aí para qualquer lado.
Socorro!... Era quase um milagre, mas quem sabe!

Jorge Carvalheira em http://ladraralua.blogspot.com/

"CRÓNICA DUMA MORTE ANUNCIADA - Gabriel Garcia Márquez
A história não podia ser mais simples. Tão simples e tão breve que não existiria, não fosse o espantoso modo como está contada.
Num quadro rural da América Latina, casa um rapaz afamado com uma rapariga comum. Ao dar-se conta de que ela já não traz a virgindade, na mesma noite a devolve à procedência, deixando-a nas mãos da mãe sem mais explicações. Perante um desfecho tão funesto, reagem dois irmãos dela:
- Vá, menina, diz-nos lá quem foi!
Ela demorou tão só o tempo necessário para dizer o nome. Procurou-o nas trevas, encontrou-o à primeira vista entre tantos e tantos nomes confundíveis deste mundo e do outro (...)
- Santiago Nasar - disse.
Ficamos na dúvida nós e ele, que lhes morre às mãos pouco depois, à facada. Mas a honra foi lavada.
Quem está encarregado de nos contar a história, vinte e tal anos depois, é um comparsa secundário, que pertence ao grupo social mas não desempenha na intriga qualquer papel de relevo. Fala com todos os intervenientes, que lhe são familiares, ouve de cada um o que tem a dizer, deixa-nos pistas de entendimento do mundo em que a acção se move, e vai construindo à nossa frente a sua teia sedutora. Tudo isto servido por uma tradução de luxo, da mão de Fernando Assis Pacheco. Chega o leitor ao fim e põe-se a chorar por mais, porque um pitéu assim é sempre pouco.
Escrever não é juntar palavras, está visto, como quem se ocupasse a amontoar tijolos. Antes há-de ser seleccioná-las, as palavras e as ideias, e dar a cada uma a sua função, segundo uma arquitectura que o artista engendra e sente.
Lições de escrita criativa?! Não há melhor lição que uma boa leitura! "



Não temos afinidade com esta ou aquela pessoa por acaso.
O meu amigo Jorge Carvalheira, amigo da família, companheiro de lutas do meu pai, é uma pessoa com quem senti afinidade desde que há muitos anos o conheci; ele nem é homem de muitas falas ou de falas simples; não é homem com quem seja fácil a empatia.
Hoje descobri que sente por este livro de Gabriel Garcia Marques, coisas muito próximas das que eu sinto; é um dos livros da minha vida (não, não é por ter poucas páginas, também adoro o Pêndulo de Foulcaut).
Está confirmado que a afinidade não é por acaso!
Ana Lee

Retrato

Eu não tinha este rosto de hoje,
Assim calmo, assim triste, assim magro,
Nem estes olhos tão vazios,
Nem o lábio amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força,
Tão paradas e frias e mortas;
Eu não tinha este coração
Que nem se mostra.

Eu não dei por esta mudança,
Tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida
A minha face?


Cecília Meireles

Grito de Alerta

Vou dormir curiosa...

Pergunto-me onde andará o meu mais assíduo leitor, anónimo entusiasta da paisagem...
Gritou três Yeses e desapareceu?

Resistência - Timor





Recordação, com votos de boa noite!

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Um amigo enviou-ma, achei que merecia divulgação...


Jorge Carvalheira, aqui :http://ladraralua.blogspot.com/

Descompostura
A 5 de Outubro convidou os professores reformados a regressar às escolas, e a desempenhar várias funções em regime de voluntariado.Se não se tratar aqui de perturbação mental, ou desbragado cinismo, por força há-de ser uma provocação, a quem deixou a escola antes do tempo e em estado de ruptura, apesar das penalizações pecuniárias.Quando ao pianista não chegam os pés aos pedais, coitada da partitura!

Jorge Carvalheira na contracapa do seu livro "As aves levantam contra o vento"

"De forma que durante treze anos, a tropa fez das tripas coração, para dar aos políticos dementes de Lisboa o tempo de escreverem o testamento do império,
Mas eles carregavam a maldição da Indía na alma, e passavam a vida a jurar que não haviam de ser a geração da traição, preferiam a hecatombe dum exército derrotado a afogar-se no mar, ou a galopar sem Norte pelo sertão, ao compasso dos tantãs da Sanzala, Foi por isso que a revolução aconteceu."

António Aleixo


Após um dia tristonho
de mágoas e agonias
vem outro alegre e risonho
são assim todos os dias

Filarmónica Gil - Deixa-te ficar na minha casa

Direcção da FENPROF está reunida e promove conferência de imprensa nesta 6ª feira
O Secretariado Nacional da FENPROF está reunido em Lisboa (dias 5 e 6 de Fevereiro). Nesta importante reunião, a FENPROF debaterá a actual situação que se vive na Educação, com particular destaque para a avaliação de desempenho - com os professores a reafirmarem a sua forte rejeição do modelo imposto pelo ME - , e o processo de revisão do ECD, que entra numa fase decisiva, entre outros aspectos que marcam, de forma indelével, o carácter negativo da política educativa do actual Governo. Nesta reunião, a FENPROF irá, ainda, debater a continuação da luta dos professores e as formas de a concretizar.
No final da reunião, nesta 6ª feira, dia 6 de Fevereiro, pelas 17.30 horas, na sua sede, a FENPROF promove uma Conferência de Imprensa na qual tornará públicas as conclusões desta reunião e dará a conhecer as suas propostas para continuação de uma luta que não abrandará, antes tenderá a agravar-se se o ME mantiver as suas medidas e a sua política.
O Secretariado Nacional da FENPROF

5/02/2009
A paisagem que hoje vi deixou de existir.
Agora existe a paisagem que vi.
Cá estaremos...